Aprisionados no tempo
Garbosamente alinhados
Todos têm algo em comum
E dividem um só espaço
Uns sérios e carrancudos
Outros com olhar insondável
Muitos de semblante sereno
Esboçam um sorriso amável
Sabe-se que são importantes
Pelo saber acumulado
Pela dedicação fecunda
No trabalho realizado
Quando se olha a parede
Parecem nos confrontar
E cheios de altivez
Do quadro querer saltar
Dando asas a fantasia
Divago e me ponho a pensar:
Mesmo os que já partiram
Vêm sempre confabular
Imagino por vezes que alguns
Descendo do seu habitat
Povoam salões e saraus
Para a imortalidade brindar
IRAMAIA
30/01/14
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