DESESPERO
Tropecei nos caminhos da
vida,
Tombei vencida,
enlaçada
pelas malhas
Tecidas por gente sem
coração.
Débil e arquejante,
Estendi minha mão
Em busca de Ajuda,
As
pessoas que passavam,
Parecia não me ver.
Chorei, gritei,
blasfemei,
Mas ninguém ouvia o meu
lamento,
Não sei por quanto tempo
fiquei,
Sem que me chegasse a ajuda
tão necessitada,
Só sei que foi o
suficiente, para o esclarecimento
De muitos pontos
obscuros, até então sem solução.
A vida nada mais é do
que,
Uma eterna sucessão de
acontecimentos.
Uns bons, outros maus,
sem, contudo,
Perder a razão de ser.
Que se chore, que se
lamente, nada resolve.
Melhor seria um esquema
para suavizar
Esse tão pesado fardo que
se leva
Até o fim de nossa
jornada,
Quando impossível for
resistir,
E chegar a se concretizar
a lei da natureza,
A infalível, a
inevitável, ou seja,
Se completar o contínuo
ecossistema
dos seres humanos,
Enfim a antiga tese:
“Tudo veio do pó e para o
pó voltará”
Melhor seria que as
pessoas
Deixassem de ser tão egoístas,
E pensassem
mais um pouco
Em seus semelhantes, isto
porque,
Para se ajudar ao
próximo, não implica
Ter uma situação
financeira estável,
Pois o melhor que se pode
dar,
Está dentro de nós
mesmos. (BSB.06/04/78)
IRAMAIA