VIVENDO...
O PERDÃO
“Então
Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu
irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? “JESUS lhe respondeu: Não te
digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” Mt. 18.2,22.
Perdoar nem sempre é fácil, mas é preciso.
Há uns
que jamais perdoam, e por isso vivem torturados com o coração minado pela
mágoa, corroído pela ira, insatisfeito por não ter posto em prática seus
nefastos pensamentos de vingança, envenenando-se com o próprio veneno, tornam-se
intolerantes, obsessivos, tornam-se inimigos dos amigos de seus “algozes”, e o
ódio passa a fazer morada em seus corações. Esses vivem enfermos da alma.
Há alguns que perdoam apenas aparentemente,
querem distância dos seus ofensores, porque não conseguem esquecer as afrontas,
as traições ou até mesmo as agressões físicas. Entretanto isso não é perdão,
chama-se simplesmente tolerância. Esses sofrem e se angustiam porque não sabem
lidar com esse sentimento que a todo custo tentam sufocar, sem deixar
transparecer a quem quer que seja, e aos poucos vão perdendo a paz, a
tranquilidade ou até mesmo a vontade de viver. Nunca deixam de serem vítimas.
Há outros, os quais não perdoam, mas que
acham isso à coisa mais natural do mundo, e ainda afirmam estar em paz com
Deus, porque praticam a caridade e não desejam mal a ninguém. Normalmente são
pessoas religiosas fervorosas e praticantes, conhecem o evangelho, sabem que
Deus nos manda amar o próximo como a si mesmo, e que antes de fazer a sua
oferta a Deus, é preciso se reconciliar com aquele que tem algo contra si. Porem,
tais pessoas, sem dar a devida importância a esses ensinamentos, não procuram
mudar, pois não veem nisso empecilho algum para alcançarem a sua salvação.
Todavia, há os que, felizmente relevam as
afrontas por piores que sejam, e mesmo com o coração sangrando, usando de
misericórdia para com seu próximo liberando o perdão, isso é sublime. Mas
infelizmente, essa não é a regra, verdadeiramente, a exemplo de José que
perdoou aqueles que tentaram contra a sua vida, esses fazem parte do rol das
exceções, os que seguem a risca os ensinamentos de Cristo.
Considero a maior expressão de perdão,
aquela esboçada por Jesus Cristo na cruz do Calvário, quando ao olhar para a
turba que aos seus pés pedia ensandecida a sua crucificação, assim falou: “PAI
PERDOA, ELES NÃO SABEM O QUE FAZ”. Muitos dizem assim: Ah, isso foi Jesus, não
posso me comparar com ele, na verdade essa comparação é impossível, mas é
necessário perdoar para alcançar o perdão divino, e poder orar a oração que o
Senhor nos ensinou: “... Perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós
perdoamos aos nossos devedores...” Mt. 6.12.
Seguindo o exemplo de Jesus Cristo, que
perdoou e ensinou a perdoar, também devemos procurar viver em harmonia com os
nossos irmãos e com Deus, lembrando que para cada atitude há uma explicação, e
embora esta seja injusta ou desumana, devemos não somente perdoar, como também
induzir aos outros a fazerem o mesmo, evitando assim as tragédias do dia a dia.
MIRAMAIA 04/06/2013
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