terça-feira, 4 de junho de 2013

VIVENDO... O PERDÃO

VIVENDO... O PERDÃO

“Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? “JESUS lhe respondeu: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” Mt. 18.2,22.


    Perdoar nem sempre é fácil, mas é preciso.

    Há uns que jamais perdoam, e por isso vivem torturados com o coração minado pela mágoa, corroído pela ira, insatisfeito por não ter posto em prática seus nefastos pensamentos de vingança, envenenando-se com o próprio veneno, tornam-se intolerantes, obsessivos, tornam-se inimigos dos amigos de seus “algozes”, e o ódio passa a fazer morada em seus corações.  Esses vivem enfermos da alma.

    Há alguns que perdoam apenas aparentemente, querem distância dos seus ofensores, porque não conseguem esquecer as afrontas, as traições ou até mesmo as agressões físicas. Entretanto isso não é perdão, chama-se simplesmente tolerância. Esses sofrem e se angustiam porque não sabem lidar com esse sentimento que a todo custo tentam sufocar, sem deixar transparecer a quem quer que seja, e aos poucos vão perdendo a paz, a tranquilidade ou até mesmo a vontade de viver. Nunca deixam de serem vítimas.

    Há outros, os quais não perdoam, mas que acham isso à coisa mais natural do mundo, e ainda afirmam estar em paz com Deus, porque praticam a caridade e não desejam mal a ninguém. Normalmente são pessoas religiosas fervorosas e praticantes, conhecem o evangelho, sabem que Deus nos manda amar o próximo como a si mesmo, e que antes de fazer a sua oferta a Deus, é preciso se reconciliar com aquele que tem algo contra si. Porem, tais pessoas, sem dar a devida importância a esses ensinamentos, não procuram mudar, pois não veem nisso empecilho algum para alcançarem a sua salvação. 

    Todavia, há os que, felizmente relevam as afrontas por piores que sejam, e mesmo com o coração sangrando, usando de misericórdia para com seu próximo liberando o perdão, isso é sublime. Mas infelizmente, essa não é a regra, verdadeiramente, a exemplo de José que perdoou aqueles que tentaram contra a sua vida, esses fazem parte do rol das exceções, os que seguem a risca os ensinamentos de Cristo.
    Considero a maior expressão de perdão, aquela esboçada por Jesus Cristo na cruz do Calvário, quando ao olhar para a turba que aos seus pés pedia ensandecida a sua crucificação, assim falou: “PAI PERDOA, ELES NÃO SABEM O QUE FAZ”. Muitos dizem assim: Ah, isso foi Jesus, não posso me comparar com ele, na verdade essa comparação é impossível, mas é necessário perdoar para alcançar o perdão divino, e poder orar a oração que o Senhor nos ensinou: “... Perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores...” Mt. 6.12.


    Seguindo o exemplo de Jesus Cristo, que perdoou e ensinou a perdoar, também devemos procurar viver em harmonia com os nossos irmãos e com Deus, lembrando que para cada atitude há uma explicação, e embora esta seja injusta ou desumana, devemos não somente perdoar, como também induzir aos outros a fazerem o mesmo, evitando assim as tragédias do dia a dia.    
 MIRAMAIA 04/06/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário