A despeito das muitas teorias
existentes, sabe-se que a família surgiu quando Deus criou o homem e a mulher,
a partir de então, a ordem divina foi de que se multiplicassem e povoassem o
mundo. Muitas vezes nos perguntamos como o homem fazia para sobreviver sem os
recursos que temos hoje, sem a ajuda da tecnologia, bem como sem os avanços da
medicina que a priori proporcionam “melhor qualidade de vida”, fatos esses que
nos proporcionam tantas mordomias e sedentarismo.
Acontece que Deus em sua infinita
sabedoria deu ao homem, condição de viver bem, extraindo da natureza o
suficiente para satisfazer as suas necessidades básicas, dotando-lhe também de
inteligência para criar, transformar e construir o seu futuro, chegando a
feitos memoráveis, muitos dos quais um tanto quanto inacreditáveis, desafiando às
leis da natureza, humana e divina, impulsionado pela ousadia, a coragem e a
ambição.
Durante muito tempo, a família foi a
instituição mais bem estruturada que se tem conhecimento, formada por base
sólida, tendo o patriarca como senhor e mantenedor. Quanto à mulher cabiam-lhe
os encargos de esposa, responsável pela organização do lar, formação e
orientação dos filhos, trabalhar fora nem pensar, a sua educação era
basicamente voltada para agradar ao marido e cuidar do lar e dos filhos.
Todavia lamentavelmente toda essa
tradição está chegando ao fim, visto que ao longo dos anos, as relações
familiares têm sofrido várias mutações, as razões são as mais diversas, desde a
luta pela sobrevivência, da inversão dos padrões morais de conduta, à falta de
responsabilidade em assumir e responder por atos praticados, atos esses que
resultantes de lares desfeitos e filhos ao abandono tanto material quanto
educacional, ou até mesmo emocional.
A nova sociedade já não é mais
patriarcal, muito pelo contrário, as estatísticas mostram que grande parte das
famílias atuais, está reduzida à mãe e filhos com seus descendentes, por conta
de separações de casais, pais que não assumiram a paternidade, ou que não tem
condições de assumirem por serem dependentes químicos de qualquer natureza.
Enfim, é preciso rever essa situação
de forma solidária, não podemos cruzar os braços a essa situação, é preciso
socorrer as principais vitimas: os filhos, os quais além de sofrerem com o
abandono material, educacional, emocional e espiritual, muitas vezes servem de
armas contra o pai ou a mãe, pois estes quando são ofendidos em seu amor
próprio, usam as crianças como reféns de seus instintos egoísticos, ficando as
mesmas passivas do desamor e da violência que envolve os problemas mal
resolvidos dos pais.
É sem dúvida alguma um caso de
reflexão, o que estamos fazendo por nossos pais que sofrem com os descasos,
desatenção, e desrespeito? Estamos dando-lhes o amor e a atenção que merecem e
necessitam para uma velhice saudável? E nossos filhos, estão indo como ovelhas
desgarradas para o matadouro sem que façamos nada para que se sintam amados e
protegidos? Como vão? Onde estão? Com quem andam? E o que estão fazendo?
Necessário se faz mudar nossas atitudes, olhar
em volta e procurar mudar as nossas atitudes a partir de nos mesmo, para em
seguida tratarmos melhor os nossos familiares e tudo que nos cerca, pois tendo
uma fonte de amor dentro de nós poderemos dividi-la, com tudo e com todos. A
recompensa será imediata, pois quanto mais se distribui amor mais se recebe.
AINDA HÁ ESPERANÇA DE VIVER BEM NESSA VIDA!
Iramaia 20/07/2013
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